As alterações recentes nas regras do saque-aniversário do FGTS levaram a uma significativa queda de 31% nas concessões de crédito pessoal não consignado em novembro. Renato Baldini, chefe-adjunto do Departamento de Estatísticas do Banco Central, destacou que as novas diretrizes implementadas pelo Conselho Curador do FGTS tornaram as condições de antecipação mais rigorosas. Essas mudanças foram anunciadas em coletiva de imprensa realizada em 26 de dezembro de 2025.
Além da redução nas concessões, as alterações também refletiram um aumento de 5,5% na taxa média de juros do crédito pessoal não consignado. Baldini explicou que o saque-aniversário, que historicamente possui taxas de juros mais baixas, teve seu volume de operações diminuído, resultando em uma taxa média mais elevada. Esse cenário aponta para um ambiente de crédito mais desafiador para os consumidores que dependem dessas operações para financiar suas despesas.
As implicações dessas mudanças vão além da estatística de crédito, afetando diretamente a capacidade de financiamento das famílias e a dinâmica do mercado. Com menos opções de crédito disponíveis e taxas mais altas, muitos consumidores podem enfrentar dificuldades para acessar financiamentos. A tendência sugere um impacto duradouro na economia, exigindo uma análise cuidadosa das políticas relacionadas ao FGTS e seu efeito sobre o crédito no Brasil.