A Alpargatas, famosa por seus calçados como Havaianas e Kichute, passou a ser alvo de boicote por parte de grupos bolsonaristas após uma recente campanha publicitária estrelada pela atriz Fernanda Torres. A peça, que busca transmitir uma mensagem de positividade, resultou em reações negativas e um impacto de 3% na cotação das ações da empresa. O descontentamento foi liderado por figuras públicas, como o ex-deputado federal Eduardo Bolsonaro, que convocaram um boicote à marca.
Fundada em 1907 no bairro da Mooca, em São Paulo, a Alpargatas tem uma história rica que inclui o desenvolvimento de produtos icônicos que marcaram gerações. Seu nome se tornou sinônimo de qualidade e inovação, desde a produção de calçados para trabalhadores até a popularização das Havaianas em todo o mundo. A companhia, que se destacou na Bolsa de Valores de São Paulo, enfrenta agora um novo desafio em um cenário político polarizado, onde campanhas publicitárias podem acarretar reações intensas no mercado.
As implicações desse boicote são significativas, não apenas para as finanças da Alpargatas, mas também para sua imagem pública em um ambiente empresarial cada vez mais influenciado por questões políticas. A empresa precisará avaliar sua estratégia de marketing e engajamento com o público, considerando a crescente divisão política no Brasil. O futuro da Alpargatas, que já navegou por diversas crises ao longo de sua história, poderá depender de como ela responde a essa nova onda de críticas.