A Alemanha cancelou a promessa de asilo a centenas de afegãos que estão no Paquistão e que haviam sido previamente informados de que poderiam se mudar para o país europeu. A porta-voz do Ministério do Interior, Sonja Kock, anunciou que 640 afegãos, incluindo funcionários de organizações alemãs, não serão mais aceitos para reassentamento, revogando um compromisso anterior de Berlim.
A decisão acontece em um contexto de mudanças na coalizão de governo, que agora opta por eliminar gradualmente os programas de reassentamento. O novo governo já havia indicado que não cumpriria promessas anteriores feitas a afegãos que trabalharam para a Alemanha, incluindo ativistas e jornalistas. Essa reversão gera uma situação de incerteza e desespero para aqueles que estão em situação vulnerável no Paquistão, com riscos crescentes de serem entregues ao Talibã.
Além da revogação, a pressão aumenta sobre as autoridades alemãs, com organizações de direitos humanos exigindo que o governo honre seus compromissos. A situação é vista como um teste à credibilidade do governo alemão, que enfrenta críticas por não garantir a segurança de afegãos que ajudaram o país durante o regime do Talibã. Ativistas pedem medidas urgentes para evitar que mais vidas sejam colocadas em risco devido a essa decisão.

