Alego aprova cobrança de mensalidade do Ipasgo e ignora debate público

Fernanda Scano
Tempo: 2 min.

A Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) aprovou, na noite de quarta-feira (10), o Projeto de Lei nº 30892/25, que extingue a isenção de mensalidade para dependentes do Ipasgo Saúde. Com 25 votos a favor e 7 contra, a votação ocorreu em uma sessão extraordinária, sem que os deputados da base governista se pronunciassem em defesa da medida, o que levanta questões sobre a responsabilidade política em torno da decisão.

O projeto, que começou a tramitar em 4 de dezembro, prevê que dependentes que atualmente não pagam mensalidade começarão a arcar com valores que variam de R$ 47,45 a R$ 322,55, dependendo da faixa etária. Aproximadamente 90 mil dependentes começarão a pagar, enquanto outros 64 mil já contribuidores enfrentarão um aumento em seus custos. Críticos da medida, como o deputado Mauro Rubem (PT), alertam que essa mudança pode comprometer a sustentabilidade do plano de saúde, especialmente para os servidores de menor renda.

A falta de debate público e a agilidade na aprovação do projeto evidenciam uma omissão da base governista e levantam preocupações sobre a transparência e a fiscalização na Assembleia. Com a responsabilidade por essa decisão recaindo sobre os servidores, a Alego reforça uma percepção negativa de sua função legislativa, priorizando a aprovação de projetos do Executivo em detrimento do diálogo e do interesse público.

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