Davi Alcolumbre, presidente do Senado, teve uma semana marcada por confrontos com o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal (STF). Em resposta à indicação de Jorge Messias ao STF, Alcolumbre criticou publicamente a demora do governo em enviar a mensagem necessária para a sabatina, acusando-o de interferência indevida no Legislativo. A tensão culminou no cancelamento da sabatina, programada para dezembro, evidenciando o descontentamento do senador com a situação política atual.
A insatisfação de Alcolumbre ficou evidente em sua declaração, onde denunciou a omissão do Executivo como uma violação das prerrogativas do Legislativo. O governo, ciente da gravidade do descontentamento, começou a enviar sinais de apaziguamento, com a ministra Gleisi Hoffmann defendendo a integridade de Alcolumbre. Além disso, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se comprometeu a se reunir com o senador, buscando restaurar a harmonia entre os poderes.
Com o clima acirrado, os senadores já articulam respostas ao Judiciário, incluindo uma proposta de emenda constitucional para barrar decisões monocráticas. Essa movimentação reflete a crescente preocupação do Legislativo com a autonomia e a influência do STF. Apesar das tentativas de diálogo, as expectativas sobre a aprovação da indicação de Messias permanecem incertas, com a possibilidade de que a votação seja adiada para 2026, aumentando a tensão entre os envolvidos.