O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, afirmou que a nova lei aprovada pelo Congresso mexicano, que aumenta as tarifas de importação em 35%, não afetará os acordos existentes entre Brasil e México. Essa legislação, que entrará em vigor em 1º de janeiro de 2026, abrange 1,4 mil produtos de países sem acordos comerciais, incluindo o Brasil e a China, sendo esta última a mais impactada.
Alckmin destacou que, inicialmente, o impacto nas exportações brasileiras ao México era estimado em US$ 1,6 bilhão, mas agora a previsão é de US$ 600 milhões. A aprovação da lei foi respaldada pelo partido da presidente mexicana, Claudia Sheinbaum, que defende o aumento das tarifas como uma forma de estimular a produção local. A Confederação Nacional da Indústria também se pronunciou, calculando um impacto total de US$ 1,7 bilhão nas exportações brasileiras em 2024.
Durante uma conversa com o embaixador mexicano no Brasil, Alckmin manifestou otimismo em relação ao avanço das negociações tarifárias com o México e outros países, como Índia, Canadá e Emirados Árabes. Ele acredita que o Brasil pode chegar a um entendimento para aumentar as linhas tarifárias de preferência até julho de 2026, ampliando assim as oportunidades de comércio, embora não se trate de um acordo de livre comércio.

