Durante o VEJA Fórum Agro, representantes do setor agropecuário brasileiro afirmaram que é possível aumentar a produtividade com práticas sustentáveis, sem a necessidade de desmatamento. O Brasil conta com cerca de 111 milhões de hectares de terras degradadas, que podem ser recuperadas para impulsionar a produção agrícola. Essa abordagem visa não apenas a eficiência, mas também a conservação ambiental e a mitigação das emissões de gases de efeito estufa.
Essas práticas, que incluem a integração entre agricultura e pecuária, são consideradas essenciais para o país até 2050. Um estudo do Landscape Accelerator: Brazil estima que a adoção dessas estratégias pode adicionar 28 bilhões de dólares ao PIB anual, beneficiando mais de 600 mil produtores. Além disso, a regeneração das terras degradadas pode contribuir para a resiliência do setor agropecuário frente às mudanças climáticas, um desafio crescente que afeta a produção de alimentos.
Embora existam barreiras financeiras que dificultam a adoção em larga escala, iniciativas como o RenovAgro e investimentos de grandes empresas mostram que o setor privado está se mobilizando. A proposta de criar métricas que avaliem a sustentabilidade e o bem-estar dos produtores pode facilitar o acesso ao crédito e promover uma mudança significativa na forma como a agropecuária é praticada no Brasil. A combinação de alta produtividade e conservação é vista como um caminho promissor para reposicionar o país como líder em práticas agrícolas sustentáveis.


