Agro brasileiro prevê receita de R$ 1,6 trilhão, mas enfrenta desafios em 2026

Bruno de Oliveira
Tempo: 2 min.

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) revelou que o Valor Bruto da Produção (VBP) do agronegócio deve alcançar R$ 1,6 trilhão em 2026, um crescimento de 5,1% em relação a 2025. Durante coletiva realizada no dia 9 de dezembro, dirigentes da CNA destacaram a importância do setor para a economia, mas também enfatizaram que as margens de lucro estão sob pressão devido ao aumento dos preços dos fertilizantes e à falta de um seguro rural adequado que proteja os produtores. A situação se agrava com a inadimplência no crédito rural, que atingiu 11,4% em outubro, o maior índice desde 2011.

Os dirigentes da CNA, como João Martins e Bruno Lucchi, ressaltaram que a pressão sobre as margens pode ser insustentável, especialmente com a previsão de custos elevados e a necessidade de políticas públicas que garantam a segurança financeira dos produtores. A CNA defende a reestruturação do Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR) e a criação de instrumentos de gestão de risco para proporcionar mais previsibilidade aos agricultores. Em um cenário de incertezas, as dificuldades climáticas e as restrições de crédito limitam ainda mais a capacidade de investimento no setor.

Para 2026, as projeções indicam que o setor agropecuário continuará sendo um pilar da economia brasileira, mas dependerá de ações governamentais para mitigar os riscos enfrentados. A CNA pede medidas urgentes para fortalecer a resiliência dos produtores e garantir que o agronegócio permaneça competitivo no cenário global, considerando os desafios impostos por tarifas comerciais e a concorrência internacional. O futuro do agro brasileiro estará atrelado à capacidade do governo de implementar políticas estruturais que promovam um ambiente favorável ao desenvolvimento sustentável.

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