No dia 18 de dezembro, milhares de agricultores europeus se reuniram em Bruxelas para protestar contra o acordo Mercosul-UE, em um ato que coincide com a cúpula dos líderes da União Europeia. Os manifestantes, que trouxeram centenas de tratores, expressaram sua insatisfação com a política agrícola do bloco e as possíveis consequências do tratado para a agricultura local.
As autoridades estimam que cerca de 7.000 pessoas participaram do protesto, que ficou marcado por confrontos com a polícia, resultando em uso de gás lacrimogêneo e canhões de água. Os agricultores expressam preocupações sobre a ameaça que o acordo representa para setores como carne bovina e açúcar, além de temer cortes nos subsídios agrícolas. A discussão sobre o tratado está em um momento crítico, com a assinatura prevista para o dia 20 de dezembro, caso a proposta avance.
O presidente francês, Emmanuel Macron, reafirmou a oposição da França ao tratado sem garantias adicionais para seus agricultores, destacando a resistência que o acordo enfrenta dentro da União Europeia. Enquanto isso, o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, alertou que as negociações não serão prolongadas e que o Brasil não fará novos acordos enquanto estiver em seu mandato. O cenário continua incerto, dependendo da posição da Itália e de outros países membros da UE.