Advogados judeus rompem contrato com Centro Acadêmico da USP após polêmica

Thiago Martins
Tempo: 2 min.

Advogados judeus que representavam o Centro Acadêmico XI de Agosto da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP) rescindiram seu contrato após críticas da entidade a uma palestra do cientista político André Lajst, presidente da ONG Stand With Us. O evento, realizado em 17 de novembro, gerou intensos protestos de alunos, que se opuseram à presença do palestrante em razão de seu posicionamento sobre o conflito israelo-palestino.

O protesto, convocado pela nova gestão do Centro Acadêmico, culminou em tumulto, levando à interrupção da palestra. A entidade estudantil havia manifestado publicamente seu repúdio à presença de “sionistas”, o que motivou a indignação dos advogados, que consideram a tentativa de silenciar o debate como uma forma de antissemitismo. Em carta, eles expressaram sua perplexidade e reafirmaram a importância da liberdade de expressão em ambientes acadêmicos.

As consequências dessa situação ainda reverberam na comunidade acadêmica. O diretor da faculdade criticou os atos de interrupção da palestra, enfatizando a necessidade de garantir a pluralidade de ideias. Com a nova gestão do Centro Acadêmico, a expectativa é de que a discussão sobre a liberdade de expressão e a condução de debates na universidade se intensifique, trazendo à tona questões sobre os limites do ativismo e do diálogo no ambiente escolar.

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