A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, declarou em 19 de dezembro que a maioria dos países deverá votar favoravelmente ao acordo entre a União Europeia e o Mercosul, que foi adiado para janeiro. O adiamento ocorreu um dia após a expectativa de que o pacto fosse assinado durante uma reunião em Foz do Iguaçu, no Paraná. Este acordo, que está em negociação há 25 anos, é considerado um dos maiores já firmados pela UE.
As discussões recentes entre o Parlamento Europeu, a Comissão Europeia e os países membros resultaram em um acordo inicial sobre salvaguardas para a proteção dos agricultores europeus. Contudo, ainda não houve consenso sobre uma cláusula controversa que exigiria que os países do Mercosul cumprissem normas de produção alimentar da UE. Países como França e Itália manifestaram preocupações sobre as salvaguardas, defendendo um adiamento na votação final.
O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, ressaltou a urgência de finalizar o acordo, afirmando que não assinará se não for concluído neste mês. Essa declaração destaca a tensão nas negociações e sugere que um novo atraso poderia comprometer o futuro do pacto comercial. A resposta do Brasil poderá influenciar as relações comerciais entre a União Europeia e o Mercosul nos próximos meses.

