Ações da Azul caem após aprovação de recuperação judicial nos EUA

Rodrigo Fonseca
Tempo: 2 min.

As ações da Azul Linhas Aéreas (AZUL4) despencaram mais de 20% nesta segunda-feira, 15 de dezembro, após a aprovação de seu plano de recuperação judicial nos Estados Unidos. O anúncio, que ocorreu após o fechamento do mercado na sexta-feira anterior, trouxe à tona preocupações sobre a diluição acionária resultante da reestruturação de mais de US$ 2 bilhões em dívidas. O plano permitirá que a companhia reduza sua dívida e atraia investimentos de até US$ 300 milhões das empresas American Airlines e United Airlines.

O pedido de recuperação judicial, feito em maio, inicialmente foi bem recebido pelo mercado, mas os recentes desdobramentos, que incluem a conversão da dívida em ações, geraram uma interpretação negativa entre os investidores. O analista de ações Bernardo Viero comentou que o mercado está precificando a diluição como uma perda de valor para os acionistas atuais. Apesar da incerteza, o CEO da Azul, John Rodgerson, afirmou que a companhia estará em uma posição financeira mais leve após a reestruturação.

Rodgerson também explicou que a redução significativa da dívida e a diminuição das taxas de juros, que devem cair em cerca de US$ 200 milhões anuais, são benefícios tangíveis da recuperação judicial. A companhia espera sair dessa fase com uma alavancagem de 2,5 vezes, o que representa uma melhoria em relação à situação anterior. No entanto, a diluição da base acionária levanta questões sobre o impacto a longo prazo para os investidores atuais da Azul.

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