ABBC propõe reformas no FGC para aprimorar análise de riscos financeiros

Eduardo Mendonça
Tempo: 2 min.

Leandro Vilain, presidente da Associação Brasileira de Bancos (ABBC), enfatizou a importância de reformas no Fundo Garantidor de Créditos (FGC) durante uma recente discussão sobre a gestão de riscos financeiros. Vilain argumentou que a análise de risco deve ser baseada na qualidade dos ativos e não apenas no tamanho das instituições, especialmente após a intervenção no Banco Master, que evidenciou a necessidade de uma supervisão mais rigorosa.

As reformas propostas incluem a implementação de indicadores objetivos para a avaliação de riscos, como a resolução 5238 do Banco Central e a criação do Liquidez de Curto Prazo Simplificado (LCRS). Vilain explicou que o monitoramento deve ser contínuo para garantir que as contribuições ao FGC reflitam o risco real das instituições, promovendo uma regulação mais eficaz e justa. Ele também ressaltou que instituições menores podem apresentar menos risco do que algumas maiores, desafiando a percepção comum sobre o assunto.

Além de abordar a importância do FGC, Vilain destacou o papel das plataformas de investimento na democratização do acesso a produtos financeiros, embora tenha se oposto à ideia de que essas plataformas contribuam financeiramente para o fundo. Ele comparou essa proposta a exigir que uma farmácia pague despesas hospitalares, argumentando que isso encareceria o acesso a serviços financeiros. A necessidade de melhorar a qualidade da informação sobre produtos e a transparência no mercado também foram pontos levantados pelo presidente da ABBC.

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