A dura realidade da juventude ucraniana em meio à guerra

Eduardo Mendonça
Tempo: 2 min.

Bohdan Levchykov, um adolescente de 15 anos, vive em Balakliia, uma cidade ucraniana marcada por conflitos e ocupação militar. Após a morte de seu pai, um soldado, e com sua mãe lutando contra o câncer, ele se vê cercado por um ambiente devastado, onde a vida normal foi interrompida pela guerra. Os jovens da região, como Bohdan, têm suas rotinas limitadas a aulas online e alertas de bombardeios, evidenciando os efeitos prolongados do conflito que se arrasta por anos.

A cidade de Balakliia, que já abrigou 26.000 habitantes, agora enfrenta um severo declínio populacional, com muitos de seus jovens forçados a se adaptarem a um novo normal de isolamento e medo. O acesso a atividades de lazer e interações sociais é severamente restringido, e as escolas subterrâneas emergem como uma alternativa para garantir algum nível de educação em meio a bombardeios. A saúde mental da juventude é uma preocupação crescente, com especialistas alertando para os efeitos de longo prazo da guerra na formação emocional dessas crianças.

Com o futuro incerto e as cicatrizes emocionais da guerra se aprofundando, o governo e organizações internacionais tentam oferecer suporte, mas os recursos são insuficientes. O estudo da OMS sobre o bem-estar psicológico revela uma deterioração significativa, mas também uma resiliência notável entre os jovens. Enquanto Bohdan sonha em se encontrar com uma amiga distante, a realidade de sua cidade continua marcada por tragédias e esperanças perdidas, ressaltando a luta contínua pela sobrevivência e pela normalidade em tempos de crise.

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