Wagner Moura, o ator que se tornou famoso ao interpretar o Capitão Nascimento em ‘Tropa de Elite’, se manifestou sobre a recente operação policial no Rio de Janeiro, que resultou na morte de mais de 120 pessoas. Em uma entrevista ao programa ‘Fantástico’, ele refletiu sobre a apropriação de seu personagem por parte do público, que vê o filme como uma defesa da brutalidade policial. Moura afirmou que, embora tenha sua própria interpretação, as diferentes leituras da obra são válidas e legítimas.
O ator também ressaltou a natureza complexa e realista de Nascimento, destacando que muitos policiais, incluindo os do Bope, acreditam estar fazendo a coisa certa para o país. Ao falar sobre a operação que deixou um rastro de mortes, Moura não hesitou em criticar a brutalidade do estado, afirmando que não se pode aceitar a normalização de tais tragédias. Sua declaração traz à tona discussões sobre a violência policial no Brasil e o impacto que filmes como ‘Tropa de Elite’ têm na sociedade.
A fala de Moura sugere um chamado à reflexão sobre a forma como a violência é tratada na cultura brasileira e na mídia. O ator, que também promove seu novo filme ‘O Agente Secreto’, que aborda a ditadura militar, utiliza sua plataforma para criticar as ações do estado e instigar um debate mais profundo sobre segurança pública e direitos humanos. O desdobramento dessas discussões pode influenciar a percepção pública sobre a atuação policial e a representação da violência no cinema brasileiro.


