O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), declarou nesta segunda-feira, 17, que o projeto de lei antifacção não encontrará consenso se for visto como uma arma em disputas eleitorais. Atualmente, a proposta está na pauta da Câmara dos Deputados e, se aprovada, seguirá para apreciação no Senado, onde poderá sofrer novas alterações. Wagner destacou que a melhor versão do projeto surgirá quando a política deixar de lado a rivalidade eleitoral em torno do tema.
O senador afirmou que se reunirá em breve com a ministra das Relações Institucionais e o líder do governo na Câmara para discutir o projeto. Ele defende o retorno ao texto original enviado pelo governo, que considerou mais equilibrado. Além disso, ressaltou a necessidade de endurecer o combate às facções criminosas sem caracterizar a medida como terrorista, evitando assim um cenário de instabilidade jurídica.
A tramitação do PL Antifacção ocorre em um contexto de tensões políticas, com a pressão do Palácio do Planalto para evitar modificações no texto inicial. A proposta visa fortalecer o combate às organizações criminosas no Brasil, e a sua aprovação poderá influenciar a eficácia das ações de segurança pública no país. Com a discussão em andamento, resta saber se será possível encontrar um acordo que satisfaça todas as partes envolvidas.


