Ad imageAd image

Vítimas criticam acordo de R$ 1,2 bilhão entre Braskem e Alagoas

Camila Pires
Tempo: 2 min.

O Movimento Unificado das Vítimas da Braskem (Muvb) manifestou forte insatisfação em relação ao acordo firmado com o governo de Alagoas, que estabelece uma indenização de R$ 1,2 bilhão pela exploração de sal-gema que causou o afundamento de cinco bairros em Maceió. A associação alega que o termo foi negociado sem ouvir as vítimas diretamente, resultando em um acordo que reduz um desastre humano a uma transação financeira. O Muvb questiona a justificativa do valor, que contrasta com a estimativa de danos de R$ 30 bilhões apresentada anteriormente pelo estado.

As críticas do Muvb refletem preocupações sobre a falta de transparência no processo de reparação, com a associação afirmando que o acordo representa uma renúncia aos direitos coletivos das vítimas. A Braskem, por sua vez, defende que o acordo é um avanço significativo em relação aos impactos do desastre. Contudo, a insatisfação persiste entre os afetados, que sentem que suas vozes não foram ouvidas, e o governo de Alagoas não se manifestou sobre as críticas.

O acidente geológico, que ocorreu em Maceió em 2018, resultou na desvalorização de milhares de imóveis e forçou a evacuação de mais de 60 mil pessoas. A repercussão desse evento ainda gera desdobramentos legais, com investigações em curso e pedidos de indenização adicionais por parte da Defensoria Pública. A situação evidencia a complexidade da reparação de danos em casos de desastres ambientais provocados por atividades industriais, sublinhando a necessidade de um diálogo mais inclusivo entre as partes envolvidas.

Compartilhe esta notícia