A Venezuela se vê novamente ameaçada pela hiperinflação, com especialistas apontando para um aumento imenso nos preços que pode atingir até 811% em 2025. Desde 2018, quando a inflação chegou a 130.000% ao ano, o país tem lutado para estabilizar sua economia, mas os recentes dados indicam uma tendência preocupante. O presidente Nicolás Maduro afirma que sua administração está enfrentando sanções dos Estados Unidos, o que complicaria ainda mais a situação econômica.
Os venezuelanos estão sentindo os efeitos da inflação na prática, com comerciantes relatando que o custo de vida está subindo diariamente. O uso do dólar como moeda de fato se tornou comum, mas a escassez de divisas tem gerado uma disparidade cambial significativa, afetando a inflação de maneira acelerada. Especialistas alertam que uma inflação interanual superior a 500% pode ser considerada hiperinflação, uma definição que vem sendo revisada ao longo do tempo.
Com a economia em crise, as projeções de crescimento do PIB são divergentes, variando entre 0,5% e 9%. A falta de dados oficiais e a repressão a economistas críticos ao governo dificultam uma análise clara da situação. A combinação de políticas fiscais rígidas, sanções e flutuações cambiais intensifica o desafio para a população, que luta para suprir suas necessidades básicas em um ambiente cada vez mais instável.


