No dia 3 de novembro, o Vaticano enviou uma carta ao bispo de Bayeux-Lisieux, na França, na qual o Dicastério para a Doutrina da Fé declarou que as supostas aparições de Jesus na cidade de Dozulé, associadas a Madeleine Aumont, são ‘não sobrenaturais’. A instrução aprovada pelo papa Leão XIV enfatizou que, embora Jesus possa responder a orações, não houve aparições na região, considerando a comparação com a ‘Cruz Gloriosa’ de Jerusalém como enganosa.
As aparições teriam ocorrido entre 1972 e 1978, e a mensagem central exigia a construção de uma cruz luminosa de 738 metros de altura. O conteúdo das mensagens, embora convide à conversão e à penitência, levanta questões teológicas que precisam ser esclarecidas para evitar distorções na fé dos católicos. A carta ressalta que qualquer sinal, mesmo que devoto, não deve ser colocado em um mesmo nível com as aparições reconhecidas.
Adicionalmente, o Dicastério reforçou que a veneração da cruz é legítima, mas não deve ser fundamentada em aparições que assumam ‘autoridade sobrenatural’ sem o devido discernimento da Igreja. Recentemente, a Igreja também orientou os católicos a evitarem o uso do título ‘corredentora’ para Maria, alertando que isso pode obscurecer a mediação salvadora de Cristo, gerando confusão nas verdades da fé cristã.


