A mineradora Vale está considerando a antecipação do pagamento de dividendos e juros sobre capital próprio para 2025, como estratégia para minimizar o impacto da nova tributação de 10% sobre dividendos, que entrará em vigor em janeiro de 2026. Com uma dívida líquida estimada em US$ 15 bilhões, a empresa parece bem posicionada para realizar essa manobra, conforme indicam análises do Itaú BBA. Os dividendos mínimos para o segundo semestre de 2025 podem alcançar US$ 1,9 bilhão, correspondendo a um rendimento de 3,5%.
Ao optar por antecipar os pagamentos, a Vale pretende se beneficiar de incentivos fiscais, evitando a tributação futura sobre dividendos. Se o mercado se mantiver favorável, a empresa pode garantir uma remuneração total aos acionistas de até US$ 3,7 bilhões, com um rendimento potencial de 7%. Contudo, se houver uma queda nos preços do minério de ferro, a gestão pode justificar a antecipação como uma medida de precaução.
Com as expectativas de lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda) de US$ 16,9 bilhões para 2026, a Vale poderá manter sua política de dividendos robusta. Os analistas do Bradesco BBI e Itaú BBA acreditam que a empresa continuará priorizando retornos elevados aos acionistas, mesmo com um aumento nos investimentos. A expectativa é que, ao longo de 2026, a dívida líquida da Vale se mantenha abaixo dos US$ 17 bilhões, permitindo retornos extraordinários aos investidores.