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União Europeia busca financiamento bilionário para apoiar Ucrânia em guerra

Rodrigo Fonseca
Tempo: 2 min.

A União Europeia está se mobilizando para aprovar um pacote de financiamento de 136 bilhões de euros destinado à Ucrânia até 2027, enquanto a guerra persiste e o inverno se aproxima. Em uma carta datada de 17 de novembro, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, apresentou três alternativas para assegurar a continuidade do apoio financeiro a Kiev, com a expectativa de que os primeiros repasses possam ser realizados na primavera de 2026, caso haja um consenso político entre os Estados-membros.

O principal obstáculo para a implementação do pacote é a Bélgica, que está bloqueando a proposta de um “empréstimo de reparações” baseado em ativos russos congelados na Europa. O governo belga expressa preocupações sobre possíveis retaliações de Moscou, enquanto Von der Leyen advertiu que, se a situação não se resolver, cada Estado-membro terá que contribuir com até 0,27% de sua renda nacional bruta anualmente para manter o apoio à Ucrânia. Alternativas, como repasses diretos ou emissão de dívida conjunta, também enfrentam resistência e podem aumentar os custos ou pressionar déficits nacionais já vulneráveis, especialmente na França e na Itália.

A urgência em resolver a questão se intensificou após uma nova rodada de bombardeios russos, que resultaram em vítimas e danos significativos à infraestrutura ucraniana. Os líderes da UE devem discutir o tema na cúpula de dezembro, onde a falta de consenso pode levar a soluções mais custosas, como garantias nacionais ou empréstimos diretos dos Estados-membros. A sobrevivência da Ucrânia depende da capacidade da União Europeia de unir esforços e demonstrar solidariedade entre seus membros.

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