Turner: A Influência do Autismo e TDAH em Sua Obra Genial

Isabela Moraes
Tempo: 2 min.

Joseph Mallord William Turner, um dos mais renomados pintores da Inglaterra, é celebrado em uma nova exposição na Tate Britain, em Londres, e em um documentário da BBC, ambos em homenagem aos seus 250 anos de nascimento. A narrativa destaca a possibilidade de que sua genialidade artística tenha sido influenciada por traumas de infância e condições neurodivergentes, como TDAH ou autismo, que moldaram sua percepção única das paisagens. O documentário analisa 37.000 esboços do artista, revelando uma obsessão pelos detalhes em suas aquarelas.

A produção, intitulada “Turner: The Secret Sketchbooks”, propõe que a meticulosidade de Turner em suas obras pode refletir um hiperfoco associado a uma possível neurodivergência. Especialistas, como o embaixador da Sociedade Nacional do Autismo, Chris Packham, discutem como os traumas pessoais enfrentados pelo pintor, como a perda da irmã e os problemas de saúde mental da mãe, podem ter influenciado seu trabalho. Turner, que não deixou diários, teve sua vida marcada por instabilidades emocionais, que, segundo análises, o impulsionaram a se expressar artisticamente.

A reflexão sobre a relação entre a arte e a saúde mental torna-se um tema relevante, não apenas para a obra de Turner, mas também para outros grandes mestres da pintura, como Da Vinci e Van Gogh, que lidaram com questões similares. A busca por entender a complexidade de seus processos criativos pode oferecer novos insights sobre a genialidade artística e suas nuances. Assim, a exposição e o documentário não apenas celebram Turner, mas também promovem uma discussão sobre a intersecção entre criatividade e neurodiversidade.

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