No último domingo, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, expressou a intenção de discutir a possibilidade de diálogo com Nicolás Maduro, presidente da Venezuela, durante uma entrevista no aeroporto internacional de Palm Beach, na Flórida. Essa declaração surge em um cenário de intensificação das operações militares dos EUA no Caribe e no Pacífico, que têm gerado tensões com o governo venezuelano, o qual alega que tais ações visam desestabilizar seu regime.
Desde setembro, os EUA têm mobilizado navios de guerra na região sob a justificativa de combater o narcotráfico, embora Caracas acuse Washington de tentar derrubar Maduro. Em resposta a essas ações, o governo americano ofereceu uma recompensa de US$ 50 milhões pela captura de Maduro e anunciou a classificação do ‘Cartel de los Soles’ como uma organização terrorista. Especialistas questionam essa abordagem, considerando-a parte de um sistema mais amplo de corrupção e crime organizado na Venezuela.
As declarações de Trump abrem um novo capítulo nas relações entre os EUA e a Venezuela, que têm sido marcadas por hostilidade. Com o secretário de Estado, Marco Rubio, afirmando que os EUA continuarão a usar todas as ferramentas disponíveis para proteger seus interesses, a possibilidade de diálogo representa um desvio significativo em relação às políticas anteriores. No entanto, a eficácia de tal estratégia é incerta, especialmente diante do aumento das operações militares na região e da resistência de Maduro a qualquer forma de intervenção externa.


