A recente visita do príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman, ao Salão Oval representa uma mudança significativa na política externa dos Estados Unidos. Sob a administração de Donald Trump, as relações com Riad foram reabilitadas, contrastando com a postura anterior do governo Biden, que havia prometido isolar o príncipe herdeiro devido a questões de direitos humanos. Durante a visita, Trump elogiou bin Salman e minimizou perguntas sobre o assassinato de Jamal Khashoggi, destacando um novo nível de apoio à Arábia Saudita.
A administração Trump está disposta a avançar em acordos de defesa e comércio, abandonando a exigência de que a normalização com Israel fosse uma condição prévia. Essa decisão reflete uma mudança nas prioridades, com foco em investimentos sauditas nos Estados Unidos e em uma relação estratégica mais ampla, especialmente em meio à rivalidade crescente entre as potências globais. Além disso, os dois países estão colaborando em áreas como inteligência artificial e energia nuclear, ressaltando a importância do reino na segurança regional.
Com essa nova abordagem, a Arábia Saudita busca um compromisso de segurança mais robusto com Washington, embora a luz verde para o enriquecimento de urânio tenha sido negada. A crescente influência de bin Salman e sua habilidade em manobrar nas relações internacionais destacam a complexidade da política do Oriente Médio. Os desdobramentos dessa visita poderão impactar as alianças futuras dos Estados Unidos e a dinâmica no cenário global, especialmente na competição com a China.