A administração do presidente dos EUA, Donald Trump, se vê diante de grandes desafios em sua política externa, especialmente em relação à Venezuela. Com a chegada do maior porta-aviões do mundo ao Caribe, a possibilidade de uma intervenção militar se torna cada vez mais debatida, levantando questões sobre os reais objetivos dos Estados Unidos na região. A incerteza sobre quanto tempo levaria para alcançar metas, como a interrupção do tráfico de drogas, só aumenta a complexidade da situação.
O tráfico de drogas na Venezuela é um problema multifacetado, que se origina principalmente na Colômbia. A ação militar proposta pode ser insuficiente para lidar com um comércio que opera em grande escala, especialmente quando a Venezuela atua mais como facilitadora do que como centro. Além disso, o custo e a eficiência de tais ações levantam preocupações sobre sua viabilidade e eficácia em um cenário onde a demanda por drogas nos EUA permanece alta.
O histórico de intervenções militares dos EUA na América Latina sugere que o simples uso da força pode não resultar em mudanças duradouras. A administração Trump corre o risco de repetir erros do passado, onde ações agressivas tiveram consequências indesejadas e geraram resistência local. Assim, a questão central permanece: como alcançar uma resolução que não apenas enfrente o regime de Maduro, mas que também leve em consideração as complexidades sociais e políticas da Venezuela?


