Em uma declaração provocativa, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que estaria disposto a autorizar ataques militares ao México e à Venezuela para interromper o fluxo de drogas para seu país. Durante uma coletiva no Salão Oval em 17 de novembro, Trump destacou a necessidade de ações drásticas, afirmando: ‘Por mim, ok, faremos o que for preciso para parar as drogas’. Essa postura reacende o debate sobre a militarização do combate ao narcotráfico e suas possíveis repercussões diplomáticas na América Latina.
Trump também mencionou a possibilidade de buscar autorização do Congresso para essas operações, provocando tanto democratas quanto republicanos ao afirmar que haveria consenso entre eles. Ele enfatizou que os Estados Unidos estão perdendo “centenas de milhares de pessoas para as drogas”, o que justifica, segundo ele, a necessidade de medidas mais severas. Além disso, o presidente fez referência ao apoio do governo mexicano nas discussões sobre o tema, embora tenha elevado o tom de suas declarações.
A tensão com a Venezuela também foi abordada, com Trump não descartando o envio de tropas para o país e mencionando a complexidade da situação política sob o governo de Nicolás Maduro. A crescente presença militar dos Estados Unidos na região coincide com uma série de operações contra embarcações suspeitas de tráfico, resultando em confrontos e mortes. Essa situação levanta preocupações sobre a utilização do combate ao narcotráfico como justificativa para intervenções militares na América Latina.


