Em 1º de novembro de 2025, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou que o Departamento de Defesa deve se preparar para uma ação militar na Nigéria, caso o governo local não tome medidas para conter os ataques a cristãos. Trump advertiu que a assistência dos EUA seria interrompida e que, se necessário, as tropas atuariam de forma contundente contra os grupos extremistas responsáveis pelas violências. Ele classificou a Nigéria como um “país desonrado” e mencionou a reinclusão da nação na lista de países de preocupação particular por violações à liberdade religiosa.
A Nigéria enfrenta uma grave crise de violência religiosa, com ataques recorrentes a comunidades cristãs por grupos jihadistas, como Boko Haram e Estado Islâmico da África Ocidental. O governo nigeriano, liderado pelo presidente Bola Tinubu, refutou as alegações de intolerância religiosa e destacou os esforços para proteger a liberdade de crença, afirmando que a caracterização da Nigéria é injusta. Apesar disso, a situação continua crítica, com altos índices de impunidade e massacres frequentes, o que leva a uma crescente pressão internacional sobre o governo nigeriano.
As declarações de Trump e a resposta do governo nigeriano ilustram a complexidade da situação no país, onde a insurgência jihadista já dura mais de 15 anos. A aceitação de assistência militar, condicionada ao respeito pela soberania nacional, pode ser um sinal de abertura para colaborações futuras, mas também levanta preocupações sobre a possível intervenção direta dos EUA. Enquanto isso, a comunidade internacional observa atentamente como os eventos se desenrolam e se novas ações serão necessárias para enfrentar a crise humanitária em curso.

