Tornados simultâneos surpreenderam meteorologistas ao atingirem o Paraná e Santa Catarina na última sexta-feira (8). Seis cidades, incluindo Rio Bonito do Iguaçu e Guarapuava, foram devastadas por ventos que alcançaram até 330 km/h, resultando em mortes e feridos significativos. O fenômeno ocorre em um contexto de crescente preocupação sobre as mudanças climáticas, coincidindo com a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima em Belém.
Especialistas do Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar) afirmam que, embora tornados não sejam incomuns na região, a intensidade e simultaneidade dos eventos são inéditas. O meteorologista Lizandro Jacóbsen destacou que, em 32 anos de monitoramento, esse foi o tornado mais forte já registrado no estado. O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) também alertou que a instabilidade atmosférica, potencializada por um ciclone extratropical, foi responsável pelos tornados que atingiram a área.
As consequências do evento podem ser significativas, com a necessidade de estudos adicionais para entender a ocorrência de múltiplos tornados independentes. A urbanização e a melhoria na tecnologia de monitoramento têm facilitado a identificação de fenômenos extremos, mas a devastação causada levanta a urgência de abordar as questões climáticas de forma mais eficaz. À medida que os pesquisadores investigam os danos, a busca por soluções para mitigar o impacto das mudanças climáticas se torna cada vez mais crucial.


