O periódico médico The Lancet lançou uma série de artigos este mês abordando a endometriose, enfatizando a urgência de políticas públicas e a importância do diagnóstico precoce. Os textos discutem avanços no tratamento da doença e a necessidade de criação de centros especializados, já que a maioria dos países ainda carece de uma abordagem estruturada para enfrentar essa condição que afeta de 10% a 15% das mulheres em idade fértil.
Apesar do crescente reconhecimento da endometriose, muitos países ainda apresentam atrasos significativos no diagnóstico, que pode levar até uma década. A Austrália, por exemplo, conseguiu reduzir o tempo médio de diagnóstico de oito para cinco anos após implementar um programa de saúde pública. Esses dados ressaltam a necessidade de ações mais efetivas que melhorem a detecção e o tratamento da doença em nível global.
As consequências da endometriose vão além dos sintomas físicos, afetando a saúde mental e a produtividade das mulheres. O clamor da comunidade científica por financiamento e políticas adequadas é um apelo urgente para que governos e instituições de saúde reconheçam e combatam a endometriose de forma eficaz, garantindo melhores condições de vida para as afetadas.