Durante a COP30, o governo brasileiro, sob a liderança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, anunciou sua intenção de implementar uma tributação sobre a aviação e o transporte marítimo. A medida visa arrecadar US$ 1,3 trilhão anuais para financiar ações contra as mudanças climáticas, mas suscita preocupações na Iata, que representa as principais companhias aéreas globais.
O gerente de Sustentabilidade da Iata ressaltou que a proposta pode dificultar os esforços da indústria para alcançar a meta de emissões líquidas zero até 2050. A taxa, que visa gerar cerca de US$ 78 bilhões por ano, pode prejudicar o crescimento do setor, que já opera com margens de lucro estreitas. Além disso, ele destacou que a indústria está investindo significativamente em combustíveis sustentáveis de aviação, essenciais para a descarbonização.
As preocupações em torno da tributação refletem um dilema maior entre a necessidade de financiar ações climáticas e o impacto que isso pode ter na competitividade e na sustentabilidade do setor aéreo. O Brasil, com seu potencial para produzir combustíveis sustentáveis, pode desempenhar um papel crucial nesse contexto, mas a implementação de políticas públicas de apoio será essencial para garantir o avanço e a viabilidade econômica dessa transição.


