A embaixadora Tatiana Rosito, secretária de Relações Internacionais do Ministério da Fazenda, destacou a importância de os bancos multilaterais aumentarem seu apetite a risco. Durante o Fórum de Finanças Sustentáveis da COP30, realizado em Belém, no dia 12 de novembro, Rosito sugeriu que esses bancos ampliem a participação de empréstimos em moeda local, o que ajudaria a diminuir os riscos cambiais nas operações financeiras.
Rosito ressaltou que a mudança na avaliação de risco de projetos em países em desenvolvimento é crucial, uma vez que os bancos multilaterais têm um foco natural nessas nações. Segundo ela, é necessário entender as percepções de risco de forma mais precisa, já que há evidências de que os riscos são frequentemente superestimados. Além disso, a secretária mencionou a necessidade de as agências de rating revisarem seus critérios de avaliação para garantir uma representação justa dos projetos de longo prazo.
Em relação às mudanças climáticas, a embaixadora enfatizou a crescente preocupação sobre a organização dos países diante de eventos extremos e os custos associados. Rosito comentou sobre a importância de um letramento climático adequado e citou a necessidade de uma base de dados sólida, mencionando iniciativas como o Global Emerging Markets Risk Database (GEMS). A secretária concluiu que a COP30 pode servir como um motor para impulsionar o letramento climático e a preparação para desastres.


