Em 6 de novembro de 2025, a Suprema Corte dos Estados Unidos decidiu permitir que o governo de Donald Trump mantivesse a política que exige a exibição do sexo biológico ao nascimento nos passaportes, em vez da identidade de gênero declarada. A votação, que resultou em 6 votos a 3, revogou decisões anteriores de tribunais que contestavam essa diretriz, considerada discriminatória por defensores dos direitos de pessoas transgêneras.
A corte, que possui uma maioria conservadora, argumentou que a exibição do sexo de nascimento não viola os princípios de igualdade de proteção e que os contestadores não conseguiram provar que a política tem como objetivo prejudicar um grupo específico. Essa decisão se insere em um contexto mais amplo de políticas do governo Trump, que reconhece oficialmente apenas dois gêneros, masculino e feminino, e suspendeu a emissão de passaportes com gênero não binário em janeiro de 2025.
As implicações dessa decisão são significativas, pois pessoas transgêneras podem enfrentar riscos e discriminação ao viajar com documentos que não refletem sua identidade de gênero. A política pode acentuar a vulnerabilidade desse grupo em situações de controle de imigração e segurança. A decisão também ressalta a polarização em torno de questões de gênero nos Estados Unidos, evidenciando um conflito maior sobre direitos civis e reconhecimento da diversidade de gênero.


