A Suprema Corte dos Estados Unidos dará início, nesta quarta-feira (5), ao julgamento que examina a legalidade do uso de poderes emergenciais pelo presidente Donald Trump para a imposição de tarifas sobre importações. Este caso é significativo, pois envolve a arrecadação de aproximadamente US$ 50 bilhões em receitas tarifárias e pode afetar a dinâmica das relações comerciais do país, especialmente em um contexto de crescente pressão política e empresarial.
Cerca de 40 petições foram apresentadas à Corte por grupos que se opõem às tarifas, destacando os danos econômicos que essas medidas já causaram a empresas de diferentes tamanhos. A Câmara de Comércio dos EUA, principal entidade representativa do setor empresarial, enfatizou as consequências adversas que as tarifas têm gerado, como o aumento de custos e a incerteza que afeta decisões de investimento. Em contrapartida, a defesa de Trump argumenta que as tarifas contribuem para a redução do déficit comercial do país, conforme estimativas de órgãos oficiais.
O resultado deste julgamento poderá não apenas limitar a capacidade de futuros presidentes de agir unilateralmente em questões comerciais, mas também transferir maior poder ao Congresso. Apesar da expectativa de que a decisão da Corte leve algumas semanas, o impacto dessa deliberação poderá ser profundo, moldando a política tarifária dos EUA e a forma como questões comerciais são tratadas no futuro.

