O governo sueco anunciou nesta quarta-feira (12) a convocação da Amazon e de outras plataformas de comércio eletrônico para uma reunião, em resposta à venda de bonecas sexuais com aparência infantil em seus sites. A medida surge após a apresentação de uma queixa policial pela organização sueca de direitos da infância, ChildX, que argumenta que essa comercialização pode violar as leis que proíbem a exploração sexual infantil.
Na reunião agendada para o dia 28 de novembro, a ministra sueca de Serviços Sociais, Camilla Waltersson Grönvall, se reunirá com representantes de plataformas de e-commerce e autoridades para discutir maneiras de abordar esse problema. A ChildX destaca que a venda dessas bonecas pode normalizar o abuso sexual infantil e aumentar a demanda por conteúdos que exploram crianças. Além disso, a Amazon confirmou que já retirou os produtos de sua plataforma e afirmou ter políticas rigorosas contra a pornografia infantil.
A situação levanta questões legais e éticas sobre a responsabilidade das plataformas na venda de produtos potencialmente prejudiciais. A legislação sueca já considera ilegal a distribuição de imagens e objetos que remetam ao abuso sexual infantil, mas a venda de bonecas sexuais com aparência de menores ainda não foi testada nos tribunais. O aumento da polêmica internacional, como a recente proibição da plataforma Shein na França, evidencia a urgência de um debate mais amplo sobre a regulamentação desse tipo de comércio.