O Superior Tribunal de Justiça (STJ) prorrogou, nesta quarta-feira (5), as medidas cautelares contra o governador do Acre, Gladson Cameli, por mais 180 dias. Cameli, que é investigado por fraudes em licitações, desvio de recursos públicos e formação de organização criminosa, permanece impedido de deixar o país e de ter contato com testemunhas e outros investigados. O julgamento do caso está agendado para 19 de novembro, quando as evidências serão analisadas pelo colegiado.
As cautelares incluem a entrega do passaporte e o bloqueio de bens, medidas que visam evitar a continuidade das supostas atividades ilícitas. A decisão da relatora, ministra Nancy Andrighi, foi unânime entre os ministros da Corte, que destacaram a necessidade de prorrogação devido ao término do prazo anterior. O caso de Cameli, que já conta com antecedentes de prorrogações, reflete a gravidade das acusações e a necessidade de um processo judicial rigoroso.
A Operação Ptolomeu, que originou as investigações, revelou um esquema de corrupção envolvendo um contrato de R$ 24,3 milhões entre o governo do Acre e uma empresa de Brasília. As denúncias indicam que Cameli seria o líder de uma organização criminosa que se beneficiou financeiramente de contratos públicos. À medida que o julgamento se aproxima, a expectativa é de que novas informações possam surgir, impactando ainda mais a situação política no Acre.

