STF decide sobre reajuste de planos de saúde para idosos com contratos antigos

Fernando Alcântara Mendonça
Tempo: 2 min.

O Supremo Tribunal Federal (STF) inicia hoje a análise sobre a aplicação do Estatuto do Idoso, que proíbe reajustes de planos de saúde com base na idade, para contratos feitos antes de 2003. A discussão envolve um recurso extraordinário, que pode criar uma tese com repercussão geral, afetando muitos idosos que enfrentam aumentos nas mensalidades ao completar 60 anos. O julgamento está em andamento e poderá ter consequências significativas para a população idosa do Brasil.

A controvérsia gira em torno de se a proibição de discriminação pela idade se aplica a contratos anteriores à entrada em vigor da lei. Até o momento, o placar está em sete votos a dois contra a possibilidade de reajustes para aqueles que completam 60 anos após a vigência do Estatuto. Entretanto, outro processo em análise, uma ação declaratória de constitucionalidade, apresenta uma visão contrária, o que torna o desfecho incerto.

Uma decisão do STF sobre este assunto poderá trazer maior segurança jurídica para os idosos e suas famílias, que têm enfrentado aumentos inesperados nas mensalidades. Especialistas afirmam que, embora já existam decisões em outras instâncias que proíbem esses reajustes, uma definição clara do STF consolidaria o entendimento. A expectativa é que a deliberação traga impactos diretos nas práticas do setor de saúde suplementar e na proteção dos direitos dos idosos.

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