A soprano lituana Ausrine Stundyte se prepara para interpretar o papel central na ópera ‘The Makropulos Case’ de Janáček, que será apresentada pelo Royal Opera nesta temporada. Em uma entrevista, Stundyte surpreendeu ao declarar que não se considera feminista, embora reconheça a importância dos direitos das mulheres. Sua declaração gerou discussões sobre como a percepção de si mesma pode impactar o empoderamento feminino.
Stundyte, que ensaiava sob a direção de Katie Mitchell, conhecida por sua abordagem feminista, explicou que se incomoda quando as mulheres se veem como vítimas e culpam os homens por seus problemas. Para ela, essa mentalidade pode ser prejudicial, pois, ao se posicionar como vítima, as mulheres podem acabar abrindo mão de sua própria força e autonomia. A artista enviou posteriormente um e-mail esclarecendo que sua intenção não era desmerecer o feminismo, mas sim promover uma visão mais empoderadora.
As declarações de Stundyte provocam um debate importante sobre as narrativas feministas contemporâneas e o papel da mulher na arte e na sociedade. Ao abordar sua visão de empoderamento pessoal, a soprano não apenas desafia estereótipos de gênero, mas também convida a uma reflexão sobre como as mulheres podem reivindicar seu poder em diversos contextos. A apresentação da ópera promete ser não apenas uma exibição artística, mas também um espaço para discussões sobre identidade e empoderamento feminino.

