Soja brasileira se destaca no mercado mesmo sem tarifas da China

Fernando Alcântara Mendonça
Tempo: 2 min.

Analistas destacam que a soja brasileira continua a ser mais competitiva em comparação com a soja americana, mesmo sem as tarifas aplicadas pela China, que reduzem o custo de importação. De janeiro a outubro de 2025, 79,9% das exportações brasileiras de soja tiveram como destino o país asiático, que é o maior importador global do produto. Essa competitividade é evidenciada por preços mais baixos da soja brasileira, mesmo em meio a uma safra recorde e à entressafra atual no Brasil.

Os especialistas apontam que a soja brasileira, mesmo com a tarifa remanescente de 13% para os Estados Unidos, se mantém em posição vantajosa. Com uma produção prevista para 2026 que pode superar 170 milhões de toneladas, o Brasil se consolida como o principal fornecedor global. A expectativa é que grandes volumes da nova safra comecem a ser exportados a partir de fevereiro, reforçando ainda mais essa competitividade no mercado internacional.

Apesar da recente redução de tarifas pela China para a soja americana, os analistas acreditam que a soja brasileira continuará a ser preferida, especialmente no primeiro semestre de 2026. A demanda por soja no mercado chinês deve atender parte das importações dos EUA entre novembro e janeiro, mas a capacidade de produção do Brasil deve garantir seu espaço no mercado. Assim, a situação permanece favorável para os exportadores brasileiros, desde que não haja quebras significativas na safra.

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