Nesta quarta-feira, o plenário do Senado aprovou, com 45 votos favoráveis e 26 contrários, a recondução de Paulo Gonet ao cargo de procurador-geral da República. Gonet, que já havia sido indicado em 2023, precisou de maioria simples na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e pelo menos 41 votos no Plenário para garantir sua permanência por mais dois anos. Sua atuação inclui denúncias significativas, como a apresentada ao Supremo Tribunal Federal contra o ex-presidente Jair Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado.
O relator da matéria, Omar Aziz, elogiou Gonet por seu trabalho técnico em centenas de ações penais e acordos de não persecução, evidenciando sua atuação em casos que envolvem os principais responsáveis pelo ataque à democracia no país. Em sua defesa, Gonet afirmou que suas ações não refletem a criminalização da política, ressaltando que as decisões da Procuradoria-Geral da República são imparciais e não influenciadas por partidos. Ele também destacou o respeito ao sigilo judicial durante todo o processo.
Além da recondução de Gonet, o Senado aprovou outros indicados para importantes órgãos, incluindo o Superior Tribunal Militar e o Conselho Nacional de Justiça. Essa decisão sinaliza a continuidade de uma linha de atuação na justiça brasileira, especialmente em tempos de polarização política. A recondução de Gonet poderá impactar futuros desdobramentos legais relacionados a casos de corrupção e à defesa da democracia no Brasil.