Secretário do RJ classifica mortes em operação como ‘não desejado’

Isabela Moraes
Tempo: 2 min.

O secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, Victor Santos, fez declarações contundentes sobre as 121 mortes que ocorreram durante uma megaoperação policial contra o Comando Vermelho, realizada em 28 de outubro. Em uma entrevista ao programa “Roda Viva” da TV Cultura, ele afirmou que a alta letalidade foi uma decisão dos criminosos, enfatizando que 99 deles se entregaram e foram poupados. Santos descreveu o que ocorreu como “o não desejado”, contrastando com a narrativa de que a polícia não conseguiu controlar a situação.

Durante a entrevista, o secretário respondeu às críticas de que a operação foi a mais letal no Brasil, afirmando que essa letalidade é uma escolha que os criminosos fazem. Ele também se comprometeu a entregar todos os documentos exigidos pelo STF, conforme solicitado pelo ministro Alexandre de Moraes. Esses documentos incluem laudos de autópsia, relatórios de inteligência e imagens captadas por câmeras corporais utilizadas durante a operação.

As implicações dessas declarações são significativas, uma vez que a operação gerou um grande debate sobre o uso da força pela polícia e a responsabilidade governamental. O governo do estado enfrenta pressão para garantir a transparência e a responsabilização em relação às ações policiais. A entrega dos documentos ao STF será um passo crucial para esclarecer os eventos e suas consequências, numa situação que continua a suscitar controvérsias e questionamentos sobre a segurança pública no Brasil.

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