O secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, Victor dos Santos, afirmou que a Lei Antiterrorismo deve ser tratada de forma distinta do combate ao crime organizado. Em entrevista ao programa Roda Viva, ele destacou que os dois temas têm naturezas diferentes e devem ser abordados separadamente para evitar confusões legais. Ele enfatizou que os crimes organizados e os atos de terrorismo são autônomos e podem coexistir, mas não devem ser misturados.
Durante a conversa, o secretário mencionou que facções criminosas, como o Comando Vermelho e o PCC, atuam como plataformas de serviços ilícitos e, em certas circunstâncias, seus membros podem ser considerados terroristas. No entanto, ele reafirmou que a competência para lidar com o terrorismo recai sobre a Polícia Federal e a Justiça Federal, conforme a legislação atual. O debate sobre a classificação de facções como terroristas foi reacendido após uma operação policial que resultou na morte de mais de 100 suspeitos no estado.
Victor dos Santos concluiu que a discussão sobre a definição e o tratamento do terrorismo deve ocorrer no Congresso Nacional. Ele salientou a necessidade de um debate mais aprofundado para esclarecer as diferenças entre terrorismo e organização criminosa. Esta distinção é crucial para a formulação de políticas públicas eficazes no combate a esses fenômenos, que, embora compartilhem a violência, têm objetivos e contextos diversos.


