São Paulo se destaca em lajes corporativas, enquanto Rio depende do setor público

Fernando Alcântara Mendonça
Tempo: 2 min.

São Paulo registra um crescimento significativo no setor de lajes corporativas, com a entrada de novas empresas e a expansão de setores como tecnologia e finanças. Enquanto isso, o Rio de Janeiro permanece preso a uma realidade de baixa ocupação, onde o setor público continua dominando o mercado de escritórios. A análise de Fernando Didziakas, da Buildings, ressalta que o crescimento de São Paulo é impulsionado por empresas que não estavam anteriormente na cidade, além de novos inquilinos que aumentam suas áreas de operação.

O levantamento indica que 10% da área absorvida em São Paulo provém de empresas estrangeiras que iniciam operações no Brasil, como a chinesa BYD e gigantes como Shopee e Amazon, que ampliam sua presença na capital. Em contraste, o Rio de Janeiro ainda enfrenta uma alta taxa de vacância, com o setor público sendo o principal ocupante dos espaços disponíveis. Didziakas compara a situação do Rio a um jogo de tabuleiro, onde as empresas apenas trocam de prédio, sem crescimento real no mercado.

A vacância no Rio permanece elevada, afetando a recuperação de preços e a dinâmica do mercado. O índice de vacância em empreendimentos classe A já chegou a 30%, ainda distante de uma recuperação consistente. A falta de tração no setor privado destaca a necessidade urgente de um ciclo de expansão que permita um desenvolvimento econômico mais robusto e sustentável na cidade.

Compartilhe esta notícia