Um tribunal militar da Rússia condenou, nesta quinta-feira, 27 de novembro de 2025, oito homens à prisão perpétua por sua participação em um ataque que causou a explosão parcial da ponte de Kerch, na Crimeia, em outubro de 2022. O ataque, realizado com um caminhão-bomba, resultou na morte de cinco pessoas, incluindo o motorista. A ponte, inaugurada por Vladimir Putin em 2018, é uma importante via de abastecimento para as tropas russas e um símbolo do domínio russo sobre a região.
Os réus foram julgados em um processo que ocorreu a portas fechadas e todos negaram as acusações, alegando que desconheciam a presença de explosivos no caminhão. Um dos condenados, um empresário de logística, afirmou ter colaborado com as investigações e que não havia provas que o incriminassem. A defesa já anunciou a intenção de recorrer, alegando que o tribunal impediu evidências que poderiam provar a inocência dos réus.
O ataque à ponte de Kerch não foi um incidente isolado, já que em julho de 2023 e junho de 2025 houve outros atentados que danificaram a estrutura. As autoridades russas afirmam que os acusados faziam parte de um grupo organizado que facilitou o ataque, que foi reivindicado pela Ucrânia. O desdobramento deste caso pode intensificar ainda mais as tensões entre os dois países, que continuam a se confrontar em várias frentes.

