A Justiça do Rio de Janeiro decidiu revogar o Regime Disciplinar Diferenciado (RDD) do bicheiro Rogério Andrade, permitindo sua transferência de uma penitenciária de segurança máxima em Campo Grande, Mato Grosso do Sul, para um presídio no Rio de Janeiro. A 8ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça, liderada pelo desembargador Marcius da Costa Ferreira, concluiu que Andrade não apresenta o perfil necessário para continuar no sistema penitenciário federal, considerando a medida uma exceção que deve ser aplicada apenas em casos indispensáveis.
A decisão ressaltou que a permanência de Andrade no regime federal configurava um constrangimento ilegal. Além disso, a prisão preventiva de Andrade está respaldada por evidências que apontam para riscos concretos à ordem pública e à continuidade das investigações em curso, especialmente em relação ao homicídio de Fernando Iggnácio, do qual é acusado de ser mandante.
Este desdobramento pode ter implicações significativas nas investigações sobre o crime organizado no Rio de Janeiro, onde Andrade figura como um dos principais nomes do jogo do bicho, sendo sobrinho de um histórico chefe dessa atividade ilícita. A mudança de regime pode também acirrar tensões familiares e de poder dentro desse contexto criminal, dada a complexidade das rivalidades que cercam a história da família Andrade.


