Na Avenida Presidente Vargas, no Rio de Janeiro, o Dia da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro, contou com uma série de manifestações em homenagem a Zumbi dos Palmares. O evento teve a presença de música, dança e um buffet que oferecia pratos da culinária afro-brasileira, simbolizando o movimento da ‘economia preta’, defendido pela empreendedora Carol Paixão, que busca promover o desenvolvimento econômico dentro da comunidade negra.
Além das festividades, discursos de ativistas ressaltaram a urgência de reparação histórica para a população negra, destacando a importância de se reconhecer os danos causados pela escravidão. Luiz Eduardo Oliveira, presidente do Conselho Estadual dos Direitos do Negro, enfatizou que a presença contínua no monumento de Zumbi representa a luta persistente por justiça e igualdade. O evento também abordou a realidade de pessoas pretas e pardas, que enfrentam maiores índices de desemprego e desigualdade salarial, conforme dados do IBGE.
O evento não apenas celebrou a cultura afro-brasileira, mas também convocou para uma marcha em Brasília, visando mobilizar a população em torno da luta por reparação e igualdade racial. A coordenadora da Segunda Marcha Nacional das Mulheres Negras, Rose Cipriano, destacou a importância da solidariedade entre todos na luta contra o racismo, reafirmando que a resistência e a busca por direitos são a responsabilidade de toda a sociedade. Assim, o Dia da Consciência Negra se revela como um espaço vital para a reflexão e ação em prol de uma sociedade mais justa.