O projeto de lei Antifacções, que busca implementar o Marco Legal do Combate ao Crime Organizado, enfrenta resistência no Congresso Nacional. Parlamentares de diversos partidos expressaram insatisfação com a proposta apresentada pelo relator, que ainda não obteve o consenso necessário para sua tramitação. Existe preocupação com a constitucionalidade do texto, além da destinação dos recursos à Polícia Federal, que pode comprometer a eficiência das ações de combate ao crime.
As críticas se concentram na definição de organizações criminosas como ‘ultraviolentas’ e na destinação de bens apreendidos. O deputado federal Lindbergh Farias, por exemplo, argumenta que a proposta retira recursos da Polícia Federal, enquanto a oposição pede um projeto mais abrangente. Além disso, governadores de estados se uniram para pressionar por mais tempo para discutir o projeto, evidenciando a divisão entre os parlamentares.
Diante desse cenário, o futuro do PL Antifacções permanece incerto. A necessidade de ajustes e o aumento da pressão política podem adiar ainda mais a tramitação da proposta. Assim, a efetividade das políticas de combate ao crime organizado no Brasil pode ser comprometida, reforçando a urgência de um debate mais profundo e colaborativo entre os legisladores.

