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Relatório revela tortura de venezuelanos deportados para El Salvador por Trump

Sofia Castro
Tempo: 2 min.

Mais de 250 venezuelanos deportados para o Centro de Confinamento do Terrorismo em El Salvador, sob a administração do ex-presidente dos EUA, Donald Trump, foram vítimas de torturas e abusos sistemáticos. O relatório da ONG Human Rights Watch, divulgado em 12 de novembro, destaca que essas violações ocorreram durante a detenção, com relatos de agressões físicas e sexuais. A situação se agrava pelo fato de que os deportados foram libertados em julho, em um acordo de troca de prisioneiros com os EUA, evidenciando a fragilidade das garantias de direitos humanos nesse contexto.

As condições no Cecot foram descritas como desumanas, com detentos submetidos a regime de incomunicabilidade e alimentação inadequada. O documento aponta que muitos prisioneiros eram agredidos e humilhados, o que configura tortura conforme o direito internacional. As autoridades dos EUA, incluindo o Departamento de Estado, já haviam reconhecido a severidade das condições prisionais em El Salvador, sugerindo que o governo americano estava ciente dos riscos que seus deportados enfrentariam.

As revelações do relatório provocaram reações contundentes, com a diretora da HRW para as Américas afirmando que o governo Trump é cúmplice na tortura. Além disso, a administração dos EUA financiou parte da detenção dos imigrantes, levantando questões sobre a ética desse relacionamento. O aumento da pressão sobre o governo salvadorenho e a necessidade de uma investigação independente se tornam imperativas no cenário atual, onde a proteção dos direitos humanos é cada vez mais questionada.

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