O analista político chinês Zhou Chengyang critica o recente relatório da Comissão de Revisão de Segurança e Economia EUA-China, afirmando que o documento evidencia a paranoia dos Estados Unidos. Publicado em 18 de novembro, o relatório acusa a China de realizar ‘atividades desestabilizadoras’ e tenta moldar a percepção pública ao apresentar um inimigo imaginário. Segundo Zhou, essa estratégia visa desviar a atenção dos desafios internos enfrentados por Washington, como desigualdade social e polarização política.
Zhou argumenta que as alegações contidas no relatório refletem uma hostilidade já existente dos EUA em relação à China, que busca fortalecer suas alianças para manter a hegemonia global. Ele observa que, ao classificar países como Rússia, Irã e Coreia do Norte como ameaças, os Estados Unidos tentam justificar sua postura agressiva e o fortalecimento de blocos como a OTAN e o pacto Aukus. Para ele, essa visão se baseia na insegurança frente ao crescimento da influência chinesa no cenário internacional.
O analista conclui que a paranoia dos EUA resulta de um medo de perder sua posição dominante no mundo. Zhou acredita que a percepção de que o avanço da China implica na decadência americana leva a uma lógica confusa e contraditória, destacando que a verdadeira intenção de Washington é evitar um mundo multipolar e manter seu controle sobre as regras do sistema internacional.


