O Reino Unido decidiu alocar o local de Wylfa, na ilha de Anglesey, para a construção de três reatores modulares pequenos (SMRs), que serão desenvolvidos pela empresa britânica Rolls-Royce SMR. Essa escolha se mostra como uma preferência por tecnologia local, um movimento que os Estados Unidos também teriam adotado em situação semelhante. A decisão marca um ponto de tensão na recém-formada parceria nuclear entre os dois países, que há dois meses parecia promissora e harmoniosa.
O primeiro-ministro britânico havia destacado a importância dessa colaboração, afirmando que estaria construindo uma ‘era de ouro’ em inovação nuclear, colocando ambos os países na vanguarda global. No entanto, a escolha da Rolls-Royce SMR em detrimento da empresa americana Westinghouse gerou descontentamento. O embaixador dos EUA, Warren Stephens, expressou sua decepção, evidenciando a expectativa de que uma empresa americana fosse selecionada para um projeto de grande escala.
As implicações dessa decisão vão além da indústria nuclear, afetando relações comerciais e diplomáticas entre os dois países. A divergência sobre a alocação do projeto pode prejudicar a percepção da parceria nuclear e criar desafios adicionais para futuras colaborações. Assim, o desdobramento dessa situação poderá impactar não apenas a indústria de energia, mas também a dinâmica geopolítica entre Reino Unido e Estados Unidos.

