O autor aborda o romance ‘A montanha mágica’, de Thomas Mann, que retrata a vida de Hans Castorp no Sanatório Berghof, na Suíça, em 1907. Inicialmente, Castorp visita um primo, mas acaba permanecendo por sete anos, imerso em debates sobre política, ciência e filosofia, o que revela um microcosmo das tensões europeias da época. O ambiente, embora civilizado, começa a mudar, com uma inquietação crescente entre os internados.
Conforme a história avança, a atmosfera no sanatório se torna cada vez mais tensa, com o surgimento de conflitos e desentendimentos. O autor observa que, em vez de pacificadores, muitos internados parecem admirar a explosão de sentimentos, refletindo uma sociedade em ebulição. A irritação generalizada entre os personagens sugere um prenúncio das convulsões sociais que culminariam na Primeira Guerra Mundial.
Ao final de sua estadia, Castorp deixa o Berghof em 1914, sem saber se está realmente curado. Sua saída marca uma transição de um ambiente de debate para o campo de batalha, simbolizando a fragilidade da civilidade diante de crises sociais. A narrativa de Mann convida à reflexão sobre as tensões contemporâneas e o impacto das ideias em um mundo em transformação.


